quarta-feira, 25 de abril de 2012

UM MOMENTO PARA REFLEXÃO


Eu queria ser

VIDA, para fazer nascer os que estão morrendo...
 SOL, para fazer brilhar os que não possuem Lua... 
 LUZ, para iluminar os que vivem na escuridão...
 CHUVA, para correr toda a terra e molhar os campos secos e devastados... LÁGRIMA, para fazer chorar os corações insensíveis...
 VOZ, para fazer falar os que sempre se ocultaram... 
 CANTO, para alegrar os que vivem na tristeza... 
LUAR, para brilhar na noite dos amores incompreendidos...
 FLOR, para enfeitar os jardins no outono...
 SILÊNCIO, ..para fazer calar as vozes que atordoam o coração do homem. .. SINOS, para repicar nos Natais dos que possuem recordação amarga... GRITO, para gritar a dor dos que sofrem no silêncio...
 OLHOS, para fazer enxergar os cegos de Verdade...
 FORÇA, para fugir dos que a utilizam para o mal...
 SORRISO, para encantar os lábios dos amargurados... 
SONHO, para colorir o sono dos realistas petrificados... 
 VEÍCULO, para trazer de volta os que partiram deixando saudades... AMANHECER, para fazer um dia a mais de felicidade sobre a Terra... 
 NOITE, para acalentar os que lutam durante o dia... 
 AMOR, para unir as pessoas e lhes dizer que sou apenas uma delas... 

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domingo, 1 de abril de 2012

Excelente vídeo para trabalhar a questão do preconceito.

Socorro!!!!! Criatividade já!!!

 Nas minhas constantes buscas acabei achando essas dicas.Amei!!!!

SETE FORMAS DE MELHORAR SUA CRIATIVIDADE
• Observe melhor
Mantenha seus olhos sempre abertos para o mundo ao seu redor. Preste atenção, procure por detalhes e note o que há de novo e de diferente no ambiente onde vive, ao invés de assumir que nada mudou.
Criatividade nasce da curiosidade, então procure por formas diferentes nas nuvens, observe os animais, plantas e pessoas. Anote o que você achar interessante, faça comparações.
O que o milionário em seu carro importado parado no sinal de trânsito faz de criativo em sua vida profissional e pessoal?
• Escute com atenção
Use seus ouvidos com a mesma presteza com que usa seus olhos. Mantenha-se sempre com os ouvidos atentos.
Escute os diferentes sons ao seu redor e preste atenção em diálogos, sons das ruas, som do silêncio.
Algumas vezes a criatividade vem do barulho que existe dentro de você. Preste atenção em ideias que possam surgir em sua cabeça durante períodos de silêncio.
• Faça perguntas
Sabia que as maiorias das perguntas idiotas produzem respostas inteligentes?
Pessoas criativas fazem muitas perguntas, querem saber: por que é assim? Como funciona? E se fizer isso? O que acontece? Qual a importância disso? Posso fazer assim?
Grandes perguntas provocam grandes soluções. Pergunte, seja a uma pessoa simples ou a um especialista. Pergunte-se, ponha sua criatividade para trabalhar.

• Brainstorm
Pensar coletivamente e debater pode gerar ideias que você levaria anos ou até mesmo nunca conseguiria sozinho.
Deixe suas ideias correrem livremente em sua cabeça, não censure. Foque no processo e não no que pode ser o resultado, assim suas ideias começarão a fluir.
Se fizer um brainstorm sozinho, use anotações, crie mapas imaginários, tire o máximo de proveito de você mesmo. Argumente de debata suas idéias.
• Pense como uma criança
Crianças são muito criativas. Elas inventam sons e músicas, contam histórias, personagens imaginários. São abertas, divertidas e curiosas.
Pessoas muito criativas sabem como se divertir e dão risadas das coisas da vida e até deles mesmos. Não levam tudo à sério como se a vida fosse uma grande reunião de negócios, sabem como levar a vida como um jogo divertido. Exalam paixão, diversão e vivem a vida com prazer.
Pensando como uma criança, como você NÃO ser criativo? É difícil.

• Mude constantemente
Encontre alguma coisa em sua vida para mudar todos os dias. Quebre a rotina, mude o modo como faz alguma coisa, escute uma nova estação de rádio, use uma rota alternativa para chegar ao trabalho.
Pequenas ações podem tornar seu dia mais criativo, note como outras pessoas fazem as coisas, experimente outros meios e métodos. Faça coisas banais de forma banais, mas de forma extraordinária.
• Resolva problemas
Uma mente criativa adora problemas. Essa é a hora em que a mente criativa aje a todo vapor para encontrar uma solução.
Não imponha limites para suas ideias; puxe ideias do passado. Viva, experimente e improvise, explore e invente. Encare os riscos, aprenda dos erros, continue criando, nunca desanime.
Texto: SETE Formas de melhorar sua criatividade
Fonte: http://lifetips.com.br/7-formas-de-melhorar-sua-criatividade

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

NATAL

Lenda do Pai Natal
«O HOMEM DAS BARBAS BRANCAS » - A Verdadeira história do Pai Natal

Segundo os relatos históricos, São Nicolau, também conhecido por Santa Claus, nome que deriva de Santus Nicolaus, terá sido Bispo de Mira, em Dembre, na actual Turquia. Nasceu em Lycia, no sudoeste da Ásia Menor, entre o século III e IV. Os relatos apontam os anos 270 (século III) ou 350 (século IV). A disparidade de datas é frequente quando falamos de relatos muito antigos referentes a pessoas célebres na sua época. Nicolau fez viagens para o Egipto e Palestina onde se formou bispo.
A data da sua morte também não é certa. Há relatos que apontam a sua morte para o ano 342 o que torna impossível o seu nascimento em 350. Nessa altura era um homem muito respeitado em todo o mundo cristão. Foi sepultado durante o século VI num santuário e no local surgiu uma nascente de água. Já no século XI, em 1087, os restos mortais e relíquias de Nicolau foram transladados para Bari na Itália e então passou a ser conhecido como São Nicolau de Bari. Rapidamente o local se transformou num centro de peregrinação e a ele se associaram muitos milagres relacionados com a oferta de presentes. A sua popularidade aumentou e o santo viu-se transformado em símbolo, estando directamente relacionado com o nascimento de Jesus Cristo, já que os princípios de dar sem pedir em troca são também máximas de cristo.
Ficou também como um dos santos mais populares da história da cristandade, sendo o protector não só dos mais pequenos. Também marinheiros, escravos, pobres e presos se dizem protegidos pelo santo, isto porque São Nicolau esteve preso no reinado de Diocleciano, durante a perseguição aos cristãos, ficando encarcerado por muito tempo. Mas mais tarde Constantino, O Grande ordenou a libertação de vários presos religiosos entre os quais se encontrava Nicolau.
A sua fama vem-lhe da sua generosidade com os mais desfavorecidos, em particular crianças que protegia com toda a dedicação. As lendas e histórias que se associam à vida deste homem são muitas, mas todas se prendem com a sua bondade e protecção dos mais desprotegidos. Assim, há uma lenda que diz que Nicolau ressuscitou três crianças, convertendo-as em fiéis dedicados e seguidores. Outra ainda refere que o pai de Nicolau era senhor de grande fortuna, que lhe deixou em herança, na altura da sua morte. Assim o santo pode continuar a ajudar as pessoas. Conta a lenda que Nicolau ajudou uma família sua vizinha que vivia tempos de necessidade. Quando uma das filhas resolveu casar, o seu pai sem dinheiro chorava o dia inteiro pois não tinha meios para dar um casamento digno à sua filha. Assim São Nicolau encheu uma bolsa de moedas de ouro e, de noite, sem ser visto, depositou-a na janela do vizinho. A jovem casou com um belo dote e ficaram todos felizes. Um pouco mais tarde a história repetiu-se a com a segunda filha do vizinho. Mas, desconfiado, o vizinho de Nicolau, quando se preparava para casar a terceira filha, escondeu-se durante a noite, próximo da dita janela e descobriu o seu protector. Espalhou-se a notícia aos pobres e crianças.
Mas esta lenda apresenta outra versão que diz que São Nicolau salvou três jovens da prostituição, filhas de um homem pobre. Encheu uma bolsa de ouro e atirou-a pela janela da casa vizinha, acabando com os problemas económicos da família e dando a cada jovem a possibilidade de casar dignamente, com um dote apropriado.
Assim, com o passar dos anos e com as ajudas que dava a todos os que o rodeavam, principalmente crianças sem protecção e abandonadas, São Nicolau ficou para a história como um homem bom e generoso. Nuns locais dizia-se que se deslocava num trenó puxado por oito renas, noutros a figura do velhinho de longas barbas brancas aparecia num burrinho, trazendo um saco cheio de presentes. Mais tarde a lenda e as palavras do povo acreditavam que este santo homem descia pelas chaminés das casas, de noite, para deixar os seus presentes, nas meias e sapatinhos das crianças (principalmente na Suécia e Nortuega). A sua figura viveu até aos nossos dias, por diversas razões, como o Pai Natal, símbolo de dádiva, amor e fraternidade, que também caracteriza o Natal Cristão.
(*) Textos e imagens de Salome Joanaz especialmente para o regiaocentro.net

segunda-feira, 7 de março de 2011

Turmas heterogêneas

Turmas heterogêneas

Uma questão muito presente no universo de desafios enfrentados pelos professores em seu dia-a-dia nas salas de aula é a que diz respeito às turmas em que a faixa etária dos alunos é muito variada. Se, por um lado, toda sorte de diversidade deve ser vista pelo professor como fonte de enriquecimento da ação pedagógica, também é verdade que se precisa lançar mão de estratégias especiais para envolver a todos, para evitar que linguagem, metodologia e conteúdo se tornem inatingíveis para os mais jovens ou desinteressantes para os mais velhos. Ou vice-versa.
Quais são, então, os caminhos mais indicados para que a diferença de idade entre os alunos seja encarada como riqueza e não como ameaça para o trabalho em sala de aula?
Vamos conhecer as reflexões e sugestões de três educadoras cujas experiências em sala de aula levaram à busca de soluções eficazes para o problema.

Eliane: a aposta na comunicação

Para Eliane Gazire, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a diversidade na sala de aula é um dos grandes desafios vividos pelo professor. Para enfrentá-lo, é preciso lançar mão de estratégias propostas, a fim de possibilitar aos alunos o pleno desenvolvimento de suas potencialidades.
Alguns caminhos podem ser sugeridos e, a partir deles, o professor poderá criar outros. É importante salientar que nas estratégias sugeridas a ênfase está na importância da comunicação entre os alunos, porque ela favorece a aprendizagem num ambiente em que a troca de experiências é o ponto alto para que ocorra uma aprendizagem significativa partindo da vivência que cada um traz do seu cotidiano.
Trabalho em dupla - Distribuir os alunos em duplas, segundo Eliane, é uma estratégia bem interessante. Em primeiro lugar, porque o professor reduz a turma pela metade. Se ele tem 40 alunos, passa a ter 20 duplas, o que facilita o seu movimento pela sala de aula para orientar os trabalhos. Outro detalhe interessante é que, no trabalho em duplas, os alunos discutem a atividade. Com a facilidade da comunicação entre os pares, a troca de experiências contribui efetivamente para o desenvolvimento da aprendizagem.
Trabalho com monitoria - Uma outra estratégia que para a professora da UFMG, em geral, dá bons resultados é a utilização de monitores. O professor pode selecionar alunos que tenham um bom domínio de determinado conteúdo e orientá-los para que auxiliem colegas com dificuldades. Numa mesma aula pode haver mais de um monitor ajudando o professor na orientação dos alunos.
Trabalho com grupos diversificados - Aproveitando os monitores, o professor pode trabalhar com grupos diversificados, ou seja, quatro ou cinco (grupos de no máximo quatro alunos e um monitor), fazendo, simultaneamente, trabalhos diferenciados. Como o professor coloca um monitor em cada grupo, ele consegue supervisionar o trabalho de todos.

Maria Inês e o respeito às potencialidades dos alunos

A experiência como alfabetizadora na rede pública ensinou a Maria Inês Delorme, mestre em Educação e diretora de Publicações da empresa Multirio - Multimeios da Prefeitura do Rio de Janeiro, que um os maiores problemas em turmas com crianças e/ou jovens com diferença expressiva de idade e de experiências está no fato de que a grande maioria desses alunos já vem acumulando insucessos e fracassos escolares ao longo dos anos.
Inês acredita que só um resgate do desejo de aprender de cada um desses alunos viabiliza a constituição de conhecimentos, conceitos e valores na escola.  Para isso acontecer, cabe ao educador sempre estabelecer com sua turma uma relação alegre, produtiva, competente e, sobretudo, em que exista confiança e liberdade, com respeito entre as partes. Nessas circunstâncias, todos têm histórias e aprendizagens que são valiosas para o grupo e, portanto, têm muito que ensinar e aprender, sob a mediação do professor.
Uma segunda questão a ser considerada é o fato de muitos alunos precisarem trabalhar e estudar, acumulando deveres do mundo adulto para ajudar a família, ou para o seu próprio sustento, desde muito cedo. Inês considera que a escola não pode, em nenhum momento, penalizar esses alunos que já são duramente penalizados pela vida e que, mesmo estando na escola, não alcançam os resultados esperados pelas famílias, pelos professores e, às vezes, nem mesmo por eles próprios.
A educadora sugere a criação de um grande  "quadro de possibilidades”, no qual constem informações escritas, expressas pelos alunos de forma livre e organizadas pelo professor, sem qualquer julgamento de valor por parte dele, sobre  "o que já sabem", sobre "o que ainda não sabem"   e  sobre “o que esperam aprender na escola".  Esse debate tende a ajudar alunos e professores a encontrarem os melhores caminhos para explorar a diversidade de aprendizagens e de vivências como matéria-prima na escola.
Inês lembra que as turmas, ainda que de alunos da mesma idade, são sempre heterogêneas, uma vez que as pessoas são diferentes entre si, sempre. No passado, pensava-se erradamente que crianças da mesma idade tinham as mesmas estruturas de pensamento, que aprenderiam  todas de uma mesma forma e num mesmo ritmo, o que nunca se deu.
"As turmas não eram homogêneas; nós, professores, é que não estávamos habilitados a enxergar e a respeitar as diferenças existentes entre os alunos. Essa concepção foi superada quando se tirou do professor a prerrogativa de uma suposta superioridade, como se ele fosse dono de um saber que, de forma generosa, seria 'dado' ao aluno. A certeza que se tem hoje quanto aos aspectos relacionais e subjetivos da aprendizagem faz com que alunos e professores tenham que rever seus antigos papéis, entendendo que alunos não aprendem somente quando estão na escola e que as situações de aprendizagem só se dão em interação, pelo contato com as diferenças", conclui.

Mônica e o trabalho diversificado

Mônica Waldhelm, doutora em Educação e professora de Biologia do CEFET-RJ, concorda com Maria Inês: “Em primeiro lugar, acredito que só existam turmas heterogêneas. Em uma sala de aula, independentemente da faixa etária dos alunos, teremos sempre pessoas com histórias de vida, concepções, representações, afetos e expectativas diferentes.”
A maior parte da experiência de Mônica em sala de aula se deu em escolas da rede pública, onde as turmas ditas heterogêneas são compostas principalmente de crianças das classes populares, muitas delas já marcadas por preconceitos relativos a etnia, gênero, cultura, tipo de moradia etc.
"Aos 18 anos, universitária do curso de Biologia da UFRJ, recém-concursada na rede municipal, recebi uma turma formada por alunos multirrepetentes, entre 12 e 17 anos, moradores de comunidades do Complexo da Maré, alguns egressos da antiga Febem, dois portadores de necessidades especiais, todos com faces marcadas pela desesperança e baixa autoestima. Fiquei totalmente perdida, sem achar respostas nos meus livros de didática do antigo curso Normal. (...) Sem experiência e sem nenhum suporte administrativo-pedagógico da escola, vi meus alunos simplesmente passarem por mim. Refém de um currículo linear, fragmentado, deixei de focalizar minha turma e me preocupei, principalmente, com o conteúdo programático a ser dado, ainda que este tivesse pouco ou nenhum sentido para os alunos. Cúmplice da prática corrente de 'patologização' do fracasso escolar, troquei muitos relatórios com a psicóloga do posto de saúde, atribuindo a traumas, bloqueios e similares a não-aprendizagem de minha turma, o que era mais fácil do que questionar minha prática pedagógica. (...) Nos anos subsequentes, eu ganharia mais duas turmas com este perfil, na Zona Oeste e, novamente, no Complexo da Maré. Só na terceira turma comecei a vislumbrar novas possibilidades de trabalho e, com o tempo, as turmas 'difíceis' que eu encontraria depois, como professora de Ciências e Biologia nas redes estadual e federal, deixaram de me assustar, embora sempre representassem desafios", relata Mônica que, sem a pretensão de dar receitas infalíveis, revela algumas estratégias e reflexões que favoreceram o seu trabalho.
O trabalho com projetos - Para Mônica, esse tipo de trabalho possibilita a construção coletiva do conhecimento e a problematização de contextos ligados à vida do aluno, mobilizando conhecimentos de várias disciplinas. Professores e alunos podem conferir às palavras significados e sentidos diferentes. Sujeitos mais experientes, ao interagirem com outros mais jovens, estimulam não só a apropriação da linguagem, mas também a ampliação de seu repertório, de seu quadro de referências. Diferentes linguagens podem ser utilizadas nos projetos, favorecendo esses processos.
A articulação entre conhecimentos de diferentes áreas é inerente ao trabalho com projetos, permitindo que a interdisciplinaridade aconteça de modo efetivo. A investigação, a pesquisa, a troca, o registro do processo - característicos das atividades de um projeto - ajudam a promover a autonomia e as tomadas de decisões por parte do aluno, o que favorece o exercício da cidadania. A vivência de atividades que propiciem a cooperação e o trabalho em equipe, que aceitem e valorizem a heterogeneidade, deve ser buscada no trabalho com projetos. É importante que todo projeto culmine em alguma intervenção do aluno em sua realidade, como exposições de trabalhos, divulgação de informações coletadas junto à comunidade, mutirões etc.
Currículo flexível - O foco do currículo não pode ser a tradicional lista de conteúdos programáticos a serem cumpridos. Selecionando conceitos fundamentais em cada campo do conhecimento, o professor pode planejar atividades em que a autonomia do aluno seja o objetivo principal. Um número reduzido de conceitos, porém realmente construídos coletivamente, e uma maior diversificação de atividades e recursos tornam o aluno mais apto a dar conta de desafios em seu dia-a-dia.
Mônica alerta os professores para que não sejam reféns de índices de livros didáticos, que historicamente vêm norteando seus trabalhos. Um currículo em que o aluno aprende a aprender, pode debater, representar, inferir, interpretar etc. não é um currículo menor ou mais fácil. Tempo e espaço, segundo ela, também devem ser flexibilizados, viabilizando encontros de turmas diferentes e atividades fora dos limites da sala de aula.
Sala-ambiente - Organizada de acordo com os recursos e o espaço disponíveis na escola, esse tipo de sala favorece o trabalho diversificado. Mônica conta que em uma sala-ambiente de Ciências, por exemplo, pode-se ter, ao mesmo tempo, alunos jogando um dominó ecológico enquanto outros fazem observações de insetos com uma lupa. Os alunos podem tanto compartilhar descobertas como vivenciar conflitos e discordâncias, buscando acordos mediados pelo professor ou pelos pares. O espaço de aprendizagem é coletivo, podendo ocorrer na relação aluno-professor e na relação aluno-aluno.

Parceria e apoio institucional – a construção coletiva de soluções

Dos muitos pontos comuns nas reflexões dessas três educadoras, fica sublinhada a valorização de um princípio que deve ser preservado diante de desafios pedagógicos de qualquer natureza: o apoio institucional é fundamental, porque a ação pedagógica não se faz sem parcerias, e a mais importante delas deve acontecer dentro da escola. A direção e a coordenação pedagógica devem garantir espaço para o planejamento conjunto de atividades e estratégias; devem estar previstos momentos para a equipe de professores trocar experiências e socializar propostas exitosas. A solidão pedagógica não ajuda em nada. A formação continuada não se dá apenas por meio de cursos ou palestras, mas no cotidiano da escola, na troca com os pares, na construção conjunta de estratégias e soluções.

Sugestões de leitura

ESTEBAN, M. T. O que sabe quem erra? Reflexões sobre fracasso escolar e avaliação. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
HERNANDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SMOLKA, Ana L. B., GOES, M. C. R. (Orgs.). A linguagem e o outro no espaço escolar: Vygotsky e a construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1993.